David Bastos: o vento passa por ele

Baiano convicto vivendo e trabalhando em São Paulo desde 2002, e com um pé direito no Rio que adora, o arquiteto David Bastos sabe bem definir como cada cidade ou lugar funciona para ele, e costuma repetir que, (aqui no Brasil), “A Bahia é a magia, o Rio te faz companhia, e São Paulo dá muito valor à sua produção”. Para este David nômade e viajante contumaz, tranquilo e dinâmico (esta uma rara conjunção possível para alguém arretado), “todo mundo - leia-se: todo arquiteto - precisa fazer uma casa, para se mostrar melhor naquilo em que acredita mais”. Suas primeiras residências praianas apontaram o sucesso da carreira deste artista versátil que entende tudo de um estilo, o ‘morar’: com conforto, beleza e modernidade atemporal, unindo o externo e o interno, como ele mesmo explica ao descrever “um imóvel aberto, onde o vento passa por ele”. Sempre cercado, em seu escritório nos Jardins da capital paulista, de muitos profissionais jovens, David desenha à mão em sua mesa-prancheta visando um mix de estética e bem estar em qualquer plano ou referência, seja para a casa à beira-mar ou em qualquer tipo de ambiente urbano que projete. Para ele, adepto da oferta de móveis nacionais ou importados, dos velhos baianos (sim, ele é adepto de antiguidades pontuais, santos aí incluídos) aos planejados nacionais, o resultado tem que ser a melhor vivência e a convivência das pessoas onde quer que seja - e sempre com o olhar voltado para o exterior daquele lugar, como ele gosta de fazer em seus layouts arrojados. Proporção, iluminação e a produção são os segredos de um homem que quer voltar pra fora de casa cada um dos seus clientes. David é o cara que quer morrer trabalhando. Mesmo velho, como se diz em relação aos seus colaboradores, mas que será jovem pra sempre enquanto estiver na labuta. Perguntamos sobre vaidade… Sim, ele tem! Veja o que ele diz no final de nossa entrevista…