Arquitetura _ 06 agosto _ por Sérgio Zobaran

Jayme Bernardo: do objeto ao prédio de alto padrão

Formado na Universidade Federal do Paraná, Jayme Bernardo é sinônimo de arquitetura de alto padrão. Os trabalhos de interiores o transformaram também em designer de produto.

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Há quase 12 anos, em dezembro de 2013, o arquiteto Jayme Bernardo abria sua primeira mostra de móveis autorais - com 35 protótipos de peças como uma mesa em metal, bancos e até um sofá, o Platô, todas criadas pelo escritório para sua marca Diedro - no icônico Museu Oscar Niemeyer, o MON, na cidade em que ainda morava, Curitiba. Expor ali, e por cinco meses, o design de uma série de móveis contemporâneos, com curadoria da mestra Clarissa Schneider, foi um fato inédito no museu, aliás considerado um dos mais importantes de todo o Brasil. Na trajetória de 44 anos de atividade em seu próprio escritório, Jayme sempre foi reconhecido no país como “um dos melhores profissionais do estado do Paraná”, onde de fato viveu por muitos anos. Mas foi São Paulo, sua cidade natal e que sempre amou, que agora o chamou definitivamente a trabalho. Jayme permanece com seu QG em Curitiba, mas instala-se também no berço chic do décor paulistano, a bonita e poderosa Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Com encomendas de projetos portentosos no ramo da hotelaria 5 estrelas do grupo americano Marriot na capital paulista, incluindo duas unidades nos Jardins, a necessidade de estar perto demanda sua presença constante nesse lugar que o próprio Jayme considera muito ágil, e onde tudo acontece. Outro foco, em outro estado vizinho ao Paraná, Santa Catarina, leva o arquiteto e suas equipes a desenvolverem muitos projetos em Balneário Camboriú - onde todos parecem querer estar. A nossa “Dubai brasileira” - pelo número de edifícios em construção, em grande parte com suas alturas monumentais, portanto simbolizando prosperidade e muita riqueza - requer muito boas estruturas, com certeza. Jayme completa: “Há prédios muito bons, e construtoras idem. O que pretendemos ali é uma busca de boas proporções, pela experiência de muitos anos”. E pondera: “Projetamos pensando em quem vai morar, de dentro para fora. Preocupamo-nos com a planta, e só depois com a fachada”.